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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Os meus amores

Olho para a minha secretária e vejo tudo o que me completa: um caderno, uma caneta, um whisky velho de 15 anos e o meu coração, o meu objecto de estudo predilecto. Passo horas a fio a apertá-lo com as minhas próprias mãos, sentindo o sangue escorrer do meu corpo para a secretária. 
Este vício a que chamo prazer proibido controla todo o meu ser, nunca estou saciada. 
Desejo secretamente que ele rebente e desapareça de vez mas, para minha grande surpresa, ele sobrevive a todas as crueldades que faço. 
Prego aos sete ventos que o cansaço se apoderou de mim, mas o meu coração conta outra história.
(Eu vivo, eu luto por viver.) 
Os meus amores são o combustível da minha essência. Olho para o caderno, outrora vazio: o sangue transfigurou-se em texto, não existem mais espaços vazios para eu escrever. Olho para o tecto, esperando uma resposta que não irei receber. 
Devo começar a escrever no meu próprio coração?

3 comentários:

  1. não, adivinhar-se-ia um processo doloroso, de proveito dúbio.

    uma alternativa fixe poderia ser começares a enviar as mensagens que queres a quem quiseres, e se não souberes a quem, genericamente em teu redor.

    espalhar magia através da linguagem fortemente simbólica do inconsciente para que ele/s te responda/m.

    nem metáfora nem mumbojumbo, menos ainda engenharia social, que não tens pinta de control freak: talvez psicomagia.

    p.s. pontos extra para a apreciação do whisky com idade.

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    Respostas
    1. Essa ideia até é bastante apelativa, quem sabe se não o faça mesmo.
      Whisky velho é das melhores coisas deste mundo.

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