Arranquem-me as entranhas deste estranho corpo a que chamo meu: deixem-nas espalhadas pelo chão para que permaneçam eternamente na imundice do mundo.
(Que prazer sonhar com o impossível...)
Algum dia irão cessar estes pensamentos divinos?
A minha mente prega-me partidas, já não sei se respiro ar ou terra e farelos daquilo que em tempos foram os meus ossos.
(Estarei a sonhar com o impossível ou a viver esta realidade tosca e inútil?)
Sinto o ar faltar quando tento descobrir a resposta, julgo que estou a enlouquecer.
A tinta da caneta falha, tal como as batidas do meu coração.
(Ouço gritos na minha mente enquanto o mundo está calado)
Quem sou? O que fui? O que serei?