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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Os meus amores

Olho para a minha secretária e vejo tudo o que me completa: um caderno, uma caneta, um whisky velho de 15 anos e o meu coração, o meu objecto de estudo predilecto. Passo horas a fio a apertá-lo com as minhas próprias mãos, sentindo o sangue escorrer do meu corpo para a secretária. 
Este vício a que chamo prazer proibido controla todo o meu ser, nunca estou saciada. 
Desejo secretamente que ele rebente e desapareça de vez mas, para minha grande surpresa, ele sobrevive a todas as crueldades que faço. 
Prego aos sete ventos que o cansaço se apoderou de mim, mas o meu coração conta outra história.
(Eu vivo, eu luto por viver.) 
Os meus amores são o combustível da minha essência. Olho para o caderno, outrora vazio: o sangue transfigurou-se em texto, não existem mais espaços vazios para eu escrever. Olho para o tecto, esperando uma resposta que não irei receber. 
Devo começar a escrever no meu próprio coração?

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Folhas Caídas

O outono chega, as folhas caem. .
A minha alma despe-se daquilo que não deveria lá estar, deixando-me oca, como um livro belo sem conteúdo algum.
Oxalá a chuva do inverno chegue depressa para preencher todo esse espaço que se recusa a ser ocupado.
Teimoso, impossível, incontrolável.
Estarei ainda a falar do meu vazio ou daquilo que bebo incessantemente?
Imploro para que o álcool me faça sentir algo.
Eu quero sentir, eu quero transbordar de emoções!
Mas, sempre que tento, as folhas caem.