Os anos passam e acabam sempre da mesma maneira. Desejamos que o próximo seja melhor, com menos lágrimas e mais sorrisos e acabamos por nos esquecer que um ano novo não vai curar as mágoas que vivemos nem conservar as alegrias que temos. Tudo se transforma, quer seja para melhor ou pior e é com esse peso nas nossas costas que seguimos em frente.
Tive algum peso este ano, comecei o ano da pior maneira, perdi uma das pessoas mais importantes para mim e, apesar de tudo, não é um caixão que diminui este amor que tão insistentemente quer pisar este mundo em que ainda respiro. Sinto a tua falta, mas amo-te como sempre e sei que terias orgulho na pessoa que sou hoje. Sigo o teu lema de vida com tal convicção que sinto que ganhei uma parte de ti, que fez deste ano um ano a não esquecer. Conheci pessoas maravilhosas, pessoas que me fazem sorrir todos os dias por serem tão maravilhosas e espectaculares que sem elas, nada disto faria sentido. A distância não invalida a importância que têm na minha vida nem aquilo que sou capaz de fazer por elas.
O peso desapareceu quando ganhei um triplete, quando fui a um festival que adoro e quando tive um novo elemento na minha família. Se não sabia o que a felicidade era, descobri-a exactamente em 2014, no ano em que menos acreditaria que podia acontecer algo marcante. Gravo deste ano a capacidade de aprendizagem que ganhei, o facto de depositar o meu coração em mim e não nos outros e de aprender que a estrada da vida não tem de ser tão solitária como julgava.
Não desejo que o próximo ano seja melhor ou pior. Desejo que o viva com cada batida do meu coração, que da história que se escrever trato eu...