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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Jornada para o desconhecido

Procuro uma saída,
A minha mente é um tormento,
Mas não consigo fazê-lo.
Enjaulada, sou incapaz:
De agir, de escapar,
De enfrentar os meus medos.
Esta cela está a diminuir,
Sinto o ar ficar mais pesado,
Ao mesmo tempo que me perco.
O silêncio morre dentro de mim,
Tenho consciência do que se passa,
Estou a destruir-me.
Conscientemente,
Iludo-me,
Atiro a culpa para o desconhecido,
É mais fácil fugir. 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Doce ilusão

Sozinha na multidão, procuro o teu olhar. Nunca te irei dizer isto, mas anseio pelo momento em que os teus olhos se cruzem com os meus, para que vejas o meu interior macabro, cruel e frio. Sei que nunca irá acontecer, não me vou iludir com coisas tão banais, mas não consigo deixar de imaginar como seria o momento em que desses pela minha presença. Será que criaria alguma fractura no mundo? 
Tremores de terra, tsunamis, ciclones. 
Na minha doce ilusão o mundo sofria horrores com o nosso breve encontro: quanto maior a desgraça, maior o nosso prazer. 
Rios de sangue escorrendo pelo chão enquanto as nossas mãos se encontram num doce toque pela primeira vez...
Pedaços de corpos esmagados pelos nossos passos calmos, mas fortes...
Podes julgar-me por ser uma rapariga com sonhos num mundo louco como este?